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Operação Invasão [Crítica]

Filme indonésio de ação que se tornou clássico no seu subgênero: o de luta. “Operação Invasão” pode não ter uma história tão criativa ou personagens tão interessantes, mas também não se propõe à nada disso. O foco da narrativa gira em torno apenas da ação e principalmente das lutas. E para ser sincero, isso ele desempenha muito bem. Posso afirmar que essa foi uma ótima surpresa que não tenta alçar voos além do seu lugar de conforto, mas que na ação é espetacular.
O enredo é minimamente interessante e a sua proposta é bem resumida no título brasileiro – Operação Invasão. Nele um grupo de agentes especiais da polícia tem nas mãos a missão de invadir um edifício dominado por um criminoso poderoso, mas seus moradores têm uma relação de proteção mútua naquele lugar, dificultando de todas as maneiras a vida da equipe invasora. No meio disso tudo, dois irmãos, em lados opostos, buscam se reunir novamente para colocarem a relação em dia, mesmo que isso traga consequências duras.
Com toda certeza o foco desse filme não é a história. As ideias aqui encontradas não servem para nada senão possibilitar um contexto mínimo para que a ação aconteça, além também de dar um cenário curioso para os atos. Mas o que esse cenário também proporciona, aliado a uma boa direção, é uma tensão inicial que consegue conquistar. No início do filme há um suspense ótimo para entendermos de que modo aquela operação irá acabar. Essa primeira parte é engajante e conseguiu me cativar facilmente.
Após essa tensão inicial o ritmo se torna alucinante e o suspense dá lugar à ação. Há correria, tiros, armas, mas o foco principal são as lutas corpo a corpo e o enredo se torna somente uma linha que une as sequências cada vez mais mirabolantes de luta. E o que falar das coreografias de cena? São extremamente meticulosas e magistralmente dirigidas. Não desnorteia o espectador e nem parece surreal, mesmo havendo uma óbvia proteção do roteiro para os personagens mais importantes. O que torna a ação mais real é o cansaço e o desgaste físico que os personagens sofrem e como isso realmente afeta nas suas lutas. Mesmo assim, o clímax é ainda mais frenético e empolgante.
Empolgante. Essa é uma ótima palavra pra descrever esse filme. Além da ótima coreografia de cena e da ação frenética, a direção tem um primor técnico para gravar as cenas das formas mais empolgantes possíveis. Mesmo deixando para trás a tensão inicial, o contexto que a trama vai ganhando começa a expor os heróis à uma situação de provação constante. Assim, a tensão surge nas fugas arriscadas, nas perseguições pelos vários andares do prédio, pelas invasões aos apartamentos dos moradores e claro, na pancadaria.
Enfim, esse é um filme simples mas que tem uma execução refinada no que propõe como elemento central. É um filme de ação de luta que apresenta tudo o que você pode esperar de uma obra assim. Foi como eu falei de “Top Gun – Maverick”, o filme apresenta exatamente o que nós esperamos de um filme do gênero. Assim, a história deve apenas suprir o necessário para justificar as sequências cada vez mais impressionantes de ação. Isso é o que acontece nesses dois casos. Se você, assim como eu, não é familiarizado com obras do gênero, muito provavelmente se surpreenderá com esse longa que é apenas um expoente dessa cultura cinematográfica indonésia.

Nota do autor:

Avaliação: 3.5 de 5.

Gabriel Santana

Título OriginalSerbuan maut (The Raid)
Lançamento2011
País de OrigemIndonésia/França/EUA
DistribuidoraMerantau Films
Duração1h41m
DireçãoGareth Evans

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