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Sorte [Crítica]

Acho que esse é o primeiro filme original da Apple que vejo e realmente foi uma boa primeira impressão. Tudo aqui me lembrou desde o início um filme da Pixar e depois que acabei de assistir vi que tinham pessoas conhecidas por filmes da Pixar envolvidas no projeto. Funcionou muito bem pra mim e o filme se mostrou uma experiência bem leve e divertida, principalmente para os pequenos.
A trama segue a vida de uma jovem órfã que vive rodeada de azar em tudo na sua vida. Como ela completou 18 anos e não foi adotada ela tem que sair da sua casa de acolhimento para ir morar sozinha. Porém, o azar não deixa de acompanhá-la. Em um de seus dias azarados ela encontra um gatinho preto que a faz ser levada para uma viagem fantástica em busca da sorte. No começo o filme pareceu, pra mim, até bastante apegado com o mundo real nos contextualizando na história com uma animação linda. Não demorou muito para os elementos fantásticos aparecerem aqui e, novamente, de maneira deslumbrante. A animação aqui, com certeza, é muito boa. A história e a protagonista me cativaram desde o começo e me fizeram viajar pela imaginação dos roteiristas que vão enfileirando percalços para serem superados pela dupla principal. O universo criado para essa obra é bem interessante e cheio de piadinhas soltas por todos os cantos, em cada detalhe. Todos os elementos fantásticos encaixaram perfeitamente, pra mim, e dinâmica de meio que uma caça ao tesouro carregou bem a trama. Acredito que esse seja um daqueles filmes para assistir com toda a família e aonde os mais novos vão se divertir muito sem deixar os adultos cochilando. Não creio que esteja abaixo da média de alguns filmes da Pixar e claramente há inspirações aqui, mas a mensagem do filme não é tão tocante assim, pelo menos pra mim. Não deixa de ter um simbolismo importante e um ensinamento singelo de aceitar que a vida tem seus problemas e suas alegrias e que devemos nos adaptar a isso para sermos felizes. Além disso, passa uma bonita mensagem do real significado de família e como nós podemos fazer parte, criar ou encontrar uma família nos lugares mais diversos. A dinâmica dos personagens de ficar toda vez correndo de um lado pra o outro não deixou o filme tão cansativo, pra mim, mas parece às vezes que os roteiristas só foram colocando problemas aleatórios um atrás do outro e em certo momento eu me perguntava pra onde o filme queria ir. A resposta era a mais óbvia, mas o filme fez questão de dar uma grande volta pra que fossem encaixadas mais piadinhas e momentos engraçados. Porém, até em uma cena musical, que eu não sou muito fã, os realizadores conseguiram encaixar num momento engraçado e funcionou comigo. Contudo, as maluquices criadas aqui não me desconectaram da trama e eu consegui me manter imerso e entretido durante toda a duração. Mesmo com esses pequenos contratempos, as mensagens fofas do filme ainda estão lá e devem funcionar como uma boa diversão descompromissada.
Essa foi uma ótima apresentação aos filmes originais da Apple e eu estou ansioso para ver os próximos da produtora na minha lista. Devo admitir que esse filme me lembrou daqueles filmes clássicos da Pixar numa aventura louca e divertida com personagens engraçados e fofos. Com sorte, sua experiência também vai ser divertida quando assistir.

Nota do autor:

Avaliação: 3.5 de 5.

Gabriel Santana

Título OriginalLuck
Lançamento2022
País de OrigemEUA/Espanha
DistribuidoraApple Films
Duração1h45m
DireçãoPeggy Holmes e Javier Abad

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